terça-feira, novembro 25, 2008

Lamego:o Fórum Temático – “ Hotelaria e Turismo do Douro – Que estratégia Empresarial?






Decorreu na passada sexta feira, no Salão Nobre da Câmara Municipal de Lamego, o Fórum Temático – “ Hotelaria e Turismo do Douro – Que estratégia Empresarial?”, promovido pela Associação de Empresários de Hotelaria e Turismo do Douro (AEHTD). De salientar a presença quer de empresários de todo o concelho e zona duriense, em representação dos diversos sectores ligados ao turismo, restauração e hotelaria, quer de vários organismos formativos como a Escola de Tecnologia e Gestão de Lamego e a Escola Profissional de Hotelaria de Lamego.
Na Sessão de Abertura presidida pelo Presidente da Câmara Municipal de Lamego, Francisco Lopes, foi referido que o evento é um marco, num quadro de competitividade, para oferecer o destino Douro como um destino de excelência. Foi ainda mencionada da necessidade de equipamentos de apoio e acompanhamento para o desenvolvimento de competências, evitando erros clamorosos de internalização.
Os trabalhos foram moderados por Melchior Moreira, Presidente da Comissão Instaladora da Entidade Regional do Turismo Porto e Norte de Portugal e por Álvaro Bonito, Director da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Lamego.










Foram vários os intervenientes ligados ao turismo, restauração e hotelaria que, durante o dia, deixaram alguns pontos de referência a ser tidos em conta, pelos presentes, em acções futuras. Salientamos alguns desses pontos como síntese deste Fórum:
O Turismo de Portugal, representado por Nuno Madeira, sob o tema “ Novos desafios do Mercado Turístico”, referiu a importância de se fazer uma reflexão estratégica, atendendo a modelos de promoção interna e externa, ao posicionamento Inovador (estruturas de enquadramento/produtos e potencialidades),
O gastrónomo Virgílio Gomes, com o tema “Abordagem às questões da Qualidade na Restauração”, catalogou uma série de razões para se fazer o "upgrade" na prestação de serviços. Defendeu a arte gastronómica e a educação do gosto. Elencou os 10 pontos essenciais para uma gastronomia sustentada e referiu a importância dos processos e procedimentos da denominada “ Brigada de mesa”.
Em representação da ARESP, Suzana Leitão abordou o tema ”Higiene e Segurança Alimentar”. A importância do sistema HACCP, o Manual de Segurança Alimentar e códigos de boas práticas, a formação e supervisão, procedimentos seguros – registos, informar e certificar, foram temas referenciados como essenciais a toda estas áreas de Turismo. Referiu, ainda, que todo este trabalho tem sido desenvolvido pela ARESP e ASAE em parceria e trabalho em rede.
Outra das intervenções marcantes, foi a representante da CEO CLP Eventos, Linda Pereira, transmitiu a necessidade de pensar o “Destino Douro”.
D.Ovído Fernandez, Presidente da Federación Provincial de Empresários de Hostelaria y Turismo da Galicia, referenciou a “Importância das Estratégias empresariais e inter-regionais”. Apelou para o problema global das infra-estruturas e desenvolvimento em tempo de crise, das vantagens das pequenas empresas face à turbulência global, do potencial dentro da crise hoteleira – e a consequente baixa do consumo, das novas tendências do turismo – mais exigente.
Ana Jacinto, resumiu a nova legislação para empreendimentos turísticos, visando dar uma imagem de Legislação-simplificação. E abordou os regimes aplicáveis e a temática do alojamento local.
Manuel Melin, da MT Consultores Associados, deu uma panorâmica da análise de investimentos e financiamentos no turismo

Foram deixados alguns alertas: É urgente pensar em sinergias reais e não mero protocolo institucional As tecnologias de informação são uma realidade numa sociedade de conhecimento onde o "e-commerce" e o "e-marketing" são uma realidade; Há um mercado global real e mercados emergentes; falta de formação qualificada e motivada, visando vantagens competitivas e ética no turismo; falta de continuidade, articulação, planeamento; A organização centralizada e desconcentrada está sem estrutura e sem metodologia definida.
Em jeito de conclusões ficaram algumas ideias a ter em conta: a necessidade de pensar macro partindo do micro, informar o cidadão e o profissional, acreditar no associativismo, no trabalho, na capacidade de conhecimento, na criação de inter-relações com vista a ganhar dimensão, acreditar no nosso potencial diversificado e ser participativo – proactivo; assumir os paradigmas da gestão – eficiência, eficácia e qualidade, trabalhar mais em circuitos integrados e, sobretudo, que o líder do projecto é e deve ser sempre o empresário.

Ana Branca Soeiro de Carvalho

Sem comentários: